27.4.10

vem-e-vai

Dependo muito da minha inspiração. As vezes ela está tão fluida quanto as àguas de um rio, noutras ela fica tão sumida que preciso de munir de picadeira, pá , sensor, papel e caneta para achá-la. Sem ela quase não me comunico. Fico arredio e impreciso, como se não precisasse me manifestar em nada dada a circunstância de nada parecer agradável e de fato interessante de ser opinado ou discutido.
Ciclo após ciclo, demanda após demanda, conspiração após conspiração, a fatalidade das situações sempre aparece para me dizer por onde ir. E eu vou com escuta afinada tentando achar a mais nova mina, o mais novo poço a ser explorado com a voracidade de quem está com fome há muitos dias e acaba de achar a oportunidade de uma caça.
Quando acho um desses pontos desencadeadores de criação, fico contente e logo me expando, me gasto, dou-me em porções grandes de amostragem, viro espelho de uma opulência invejável, só me dando conta da economia quando já estou nas últimas pepitas. Aí então eu vou me fechando, aguardando o novo começo, a nova expedição pelas terras secas que existem por aí e por aqui. Os melindres se acabam, torno a ser simplório quando estou sem a minha imaginação. Simplório e até mesmo invisível.
vou e volto. volto e vou.....

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