29.9.06
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Chega um tempo em que não se diz mais: meu
Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos
edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
[os ombros suportam o mundo--- C.D.A.]
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Alonso Bento
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2 Comentários:
é mais uma dessas coisas bonitas q não são para se entender. folhas secas são poéticas, até na primavera. principalmente na primavera.
beijinho
Acho que esse egoísmo do qual as pessoas estão se cercando agora é um sinal de individualidade, talvez uma espécie mal-disfarçada de auto-proteção. Porque o mundo anda difícil e muita gente tá preferindo conhecer a si mesmo do que entender complexidades alheias. É uma ilusão que a gente tem de que assim vai doer menos. Começo a achar as pessoas cada vez mais esquisitas e cada vez me identifico mais com esquisitices. O mal desse século é sobretudo psicológico. Difícil.
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