27.2.08

lago.

tudo muito tranquilo. diria até quieto. quieto demais.
não gosto destas águas, tendem a ser profundas de mais para entender.
acho que... não deve dar pra mergulhar. profundo demais. escuro demais.
esse escuro me incomoda. por não saber o que possa existir lá.
qualquer tipo de investida tem que visar sempre coexistir (apesar de que muitas vezes ela seja tida como prevalência).
é isso. pontos finais marcam finalmente os finais.
mudo ou revoltante. sempre marca os finais.
Incrível como a mudança parece acontecer somente em mim.
Tô escrevendo aqui para nomes não revelados. São silenciosos e impronunciáveis até na minha cabeça. Sabe, tanta coisa pra se fazer e eu tenho de ter muito espaço aqui dentro para destinar a algo realmente importante e necessário (como, por exemplo, decorar textos).
Por isso que essa quietude me cheira tranquilidade.
o tranquilo mudo do telefone.
a ausência de ar passando pelas pregas vocais, produzindo musiquinhas matizadas de suspiros.
uma penca de coisas a fazer e um tempo que se abre na minha frente.
tô gostando. do desabafo.
das conversas que demarcam uma época. uma época vazia de adrenalina lasciva, instituída desde quando criaram os encontros pós-espetáculos.
comunicação verbo-presencial é boa, mesmo quando se está silente por dentro.
talvez até algumas palavras, ditas em momentos certos, com entonações e projeções certas façam reverberar dentro dessas águas algo realmente bom de se sentir.






tô estando.
...

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

"Incrível como a mudança parece acontecer somente em mim."

Isso é a harmonia da parte e do Todo. Como sentir a mudança nos outros e nas coisas se dentro tudo permanece igual?

quanto a resposta: Ela pode ser: "ela", eu, a névoa,crenças, idealizações e caminhos almejados.

9:47 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Queria pedir desculpas que talvez não façam mais sentido.

Eram palavras de raiva e frustração tão ridiculas quanto as palavras de amor que pude endereçar a certa senhorita (o unico alvo) de tua familia artistica.

Paixões, quando não correspondidas, são assim... despertam delirios tragicómicos...

Assumimos portanto o ridiculo verbo-presencial nosso de cada dia. Amém e foda-se.

Longa vida ao Teatro do Concreto. Brasilia precisa de vocês.

Um abraço, garoto

Pragmatas s/a

12:10 PM  
Blogger Igor disse...

"pontos finais marcam finalmente os finais." é isso que a gente tanto se recusa a aceitar às vezes e quase sempre.

mas cara, o lago, as pessoas, tudo é plácido. ninguém sabe MESMO o que acontece nos seus escuros. e por isso esse medo: de lagos, de pessoas.

a propósito, aquele café de lá é requentado, da época em que cigarros não faziam sentido pra mim. =PP

Abs! o/

7:50 PM  

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