voltando as aulas.
**Headphones: "The power of orange knickers"- Tori Amos e Damien Rice
Faltam poucos dias pra rotininha universitária voltar, mas como em todas as vezes esse semestre vai começar com novos relevos: rostos diferentes vão povoar os corredores do depto. de artes cênicas da Unb e até mesmo os confins da universidade. Novas pessoas circulando entre pessoas antigas e conhecidas, ou antigas e desconhecidas.... engraçado. Geralmente numa escola de ensino médio a gente costuma conhecer todas as pessoas, mesmo que de vista apenas, mas num ambiente mais amplo como o da universidade, onde por muitas vezes a gente tem a sensação de estar indo para o primeiro dia de aula, a sensação das épocas de adolescência é poucas vezes sentida.
Passando pela unb hj eu pude me sentir mais familiar aos passeios de concreto por entre as árvores e os prédios, entre as cadeiras do restaurante universitário e com os funcionários e colegas de departamento. Pensei "é isso, estou em 'casa.'". Mas bastou eu dar uma volta solitário por entre as pessoas para a sensação de "calourice" voltar. definitivamente cheguei a uma conclusão: detesto andar sozinho, estar sozinho, ser sozinho (mesmo que seja preciso e inevitável).
Rostos desconhecidos sempre me assustavam e me provocavam uma certa curiosidade: as vezes um rosto que parecia ser de ninguém torna-se conhecido com um piscar de olhos e uma vasculhada ultra rápida na memória; outros rostos aparecem como de sopetão, dão um sorriso pra vc e logo em seguida desaparecem na massa de rostos turvos deixando você com a sensação de aquilo ter sido imaginação ou de ter simplesmente conhecido essa pessoa em alguma época e que no momento seria impossível lembrar do nome da silhueta aparecida; ainda há os rostos de pessoas simpáticas, que exalam uma vontade muito grande de se comunicar com as pessoas ( já fiz grandes amizades em filas, por exemplo), do mesmo jeito que há os rostos fechados, que provocam verdadeiros rupiões ao se olhar, como se jogassem lâminas pelos olhos; e finalmente, distinguindo a última classe de rostos, há aqueles que servem para contemplação, quando a gente percebe, no meio de todas as pessoas que não páram de ir e vir, no meio dos sorrisos e dos demais barulhos um rosto que te faz parar, absorto e ao mesmo tempo preso no que te aparece, e que em rápidos segundos te some do campo de visão e você fica se perguntando se verá aquele rosto novamente, pois a universidade é muito grande e há a sensação de primeiro dia de aul.... é então que guardamos a silhueta em algum lugar da memória pra ela voltar à tona SE o rosto tornar aparecer.
Tudo isso pra dizer que nesses últimos dias tenho sido presenteado com a contemplação de rostos que eu só via de vista, ou que me chamavam a atenção de alguma forma: eles se tornaram mais freqüentes e mais afetuosos... mais amigos. Presencio a ascensão da "calourice" tomando conta do meu cotidiano, afinal 5 semestres já são mais que suficientes para eu começar a me sentir a vontade entre os outros. vamos que vamos construindo pontes!
é isso, simples como brincar de colorir.
4 Comentários:
este semestre eu vou finalmente fazer o projeto experimental - me formar.
tantos rostos...não?
tanto!
tantas pessoas que esbarramos.
no primeiro semestre que vivi na unb foi uma experiência caótica. almoçava sozinha, no ceubinho, só observando os grupos de jovens felizes e os homens lindos e meninas lindas, os colares de sementes e os livros.
até desenvolvi uma tara em trepar na biblioteca só por conta desse período.
hahahahaha
que venha mais um semestre não é meu amor?
que conheçamos mais rostos lindos e acariciamos os antigos.
saudade.
A Tori!!! :)
e quem é caloura de verdade e se sente em casa no departamento?
se bem q ter aulas e frequentar o ambiente deve ser beeeeem diferente. eeeeeeee. meu veterano lindo... vamos "curtir" umas janelas juntos será?
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