Raiva e alegria são efêmeras. Então... o que fazemos com a memória?

frase do dia. da semana. dos meses, eu acho.

sem alma, sem casca. nenhum conteúdo, pouca estética. mas a sensação de quem sente. muito. sempre.

[P. Voigt]

ESTOU FELIZ!!!!!

São Lázaro, meu fiel ouvinte, ouviu novamente minhas preces e as preces de todas as pessoas que se sentiram tocadas com os lamentos desta família que se compadece tanto pelos seus animais de estimação, e curou o Mozart...

Eternamente grato!!!!

Isto é felicidade!!!

Chegança!!!!!

.hoje. espaço em descontinuidade.

hoje o meu dia foi bege claro.

e o seu?

Dói em tantos lugares. Não consigo nem dizer onde dói mais.
Todos os chãos escapam dos meus pés.

música do dia.

Estopim (Ná Ozzetti/Dante Ozzetti/Luiz Tatit)

Nada é tão fácil no início

Nem no percurso nem no fim

Nada é tão natural

Nada é tão trivial

Nem uma flor

Nem todo jardim

Amor que é simples se complica

E todo amor vai ficando assim

Um faz algum sinal

O outro já interpreta mal

E o que era banal

Vira um estopim

SimDetonou

Foi um caos

Nosso amor

Ia bem

Não tão bem

Mas enfim

Bem normal

Complicou quando eu comentei

Que era tão triste o seu olhar

"meu olhar, como assim?

A tristeza vem de você pra mim

A tristeza de um olhar

Vem do outro olhar

Vem de tanto olhar

"Como assim?"pelo olhar

Pode haver um motim"

Não entendi

Mas senti

Que era o fim

hoje eu sou um garoto triste.

É difícil sofrer sozinho.

Por que dói tanto?
Preciso que São Lázaro realize mais um milagre.

Às coisas sutis... e a mim.

VHS: Requiem Para um Sonho

Cigarrettes, wine and and and...

Meu coração pulsa descontrolado. Jogo em cima dele um monte de neve. Quero que ele esfrie novamente. Quero que as minhas inquietações voltem para dentro, para um lugar onde eu possa esquecer delas; ou então, que elas pulem de uma vez para fora, fazendo com que eu consiga, de uma só tentativa, extravasá-las até perdê-las de vista. Não quero me lembrar. Sim, não quero me lembrar nostalgicamente das coisas. Por isso o coração pulsa porque sabe que eu vou me lembrar toda a vez em que for arrebatado por alguma sutileza zombeteira.

Então aquiete-se coração. não consigo dizer se estou pronto para reviver essas histórias que tanto parecem me assombrar. Fiqueonde está. Não se mova em minha direção, pois cada passo dado para mim receberá um passo para trás, em recusa à sua proposta.

Ainda estou assombrado, dentro da minha concha de caracol. As vezes coloco o braço (ou outra parte do corpo) para fora, mas nunca saí por completo.

Meu quarto tem uma caixa cheia de recortes prontos para serem colados nas capas de caderno que vou fazer. E minha irmã ainda me pediu para colar as estrelinhas e os planetas no teto do quarto dela. Ando cheio de tarefas: tocar sanfona, estudar, ensaiar, criar, relembrar, andar de patins, prestar mais atenção, acabar com algumas coisas parapoder começar coisas novas. Esta tem que ser a mentalidade: sempre adiante, olhando para frente e se atirando no precipício sem saber a sua profundidade... sonhar com coisas instigantes, viver um sonhos desses como se ele tivesse sido puxado por um anzol num mar de magia e encanto, fazendo-o explodir no céu como se fosse fogos de artifício!

E para que tudo isso aconteça, eu tenho de estar livre de muitas coisas... Tenho de ser como um cavalo novo, forte, com fogo nas patas correndo de encontro ao mar; ser novamente como Ícaro, bailando absortamente pelos céus, sem ter certeza da hora da queda.

E, finalmente, faço esse elogio à sutileza e espero que essa minha mania-hábito-sorte-desgraça-maldição-possibilidade me acompanhe de mãos dadas.

IMAGEM: Quero estar dançando em meio a areia movediça eternamente!