27.2.10

Regado por Clarice.

Já tenho a felicidade. (...)
Agora quero o que não tem nome!

20.2.10

surto no final do horário de verão.

Suspiro por um momento a fim de parecer calmo.
ando pisando em brasas
não me importando com as cicatrizes
desatando quase que num choro compulsivo, interno e irremediável.
é o choro de ontem que peranece pungente dentro de mim
como mais uma cicatriz a ser colecionada.
como mais uma reticência a ser arrastada por uma mente que não se esquece dos passos dados em falso na terra desconhecida que é o outro.
suspiro mais uma vez.
percebo que as lambidas selvagens das chamas não me queimam.
elas apenas acariciam.
acariciam o doce amante que veio por fim alimentá-las
para sempre.
estarei com você para sempre.

19.2.10

18.2.10

correspondências bloggísticas # 1

exagero da grandiloquência sobre desastres no amor


Noh, resolvi dar uma guaribada no meu mundo bloggistico e acabei achando esse seu post, rs.

uma expressão está vigente no meu vocabulário há muito tempo, eu a chamo de "escola da vida" por ser literalmente uma escola de aprendizados sobre a vida em vários quesitos: profissional, individual, relacional, enfim...
O que você postou se inscreve nesta análise, pois muitas vezes temos a tendência de nos comunicar através de linguagens só nossas e não sabemos muito bem se estamos sendo compreendidos ou não.
Afinal, o que acontece com os outros que desconhecem esse processo lento e meticuloso que é o amor? que não sabem quando têm que ceder, que ouvir e até mesmo aprender sobre como as coisas funcionam?
Enfim... ontem me senti como uma estátua viva, parecida com essa que você ilustrou. Só que eu não era estátua por minha conta, mas sim por imposição de quem finge que escuta mas não escuta, de quem finge que olha mas não vê, de quem finge que sente mas não sente, numa luta desgastante para medir forças.
quando não pude mais argumentar, virei realmente estátua por conta própria. encontrei no silêncio um amigo e um protetor.

Um abraço!

escola da vida.

Continuando o ciclo de percepções...
A escola da vida é mesmo cheia de altos e baixos, aprendizados, conquistas e derrotas.O aprendiz só possui a si mesmo neste percurso: toma acento no banco individual da montanha russa, aperta o cinto, aciona a grade de segurança e vai, vai em direção as oscilações que o caminho oferece.Ele tem de saber que, estando uma vez dentro do aparelho, terá de realizar todo o trajeto porque só assim, só assim conseguirá extrair da experiência o aprendizado; se não consegue, a experiência vira somente experiência, vazia, sem cor, distante de agregar algo. Quando isso acontece, a escola da vida já não é mais escola da vida e sim alguma coisa que deve ser chamada de escola do caos, ou escola da deriva, trazendo como efeito paulatino a aniquilação do aprendiz.
...



...

Percebo que errei em algum ponto a minha aventura na escola da vida. Por momentos, na verdade, achei que ela não me era mais necessária até que me lembraram da sua existência e eu acabei sendo pego de surpresa, embasbacando meu rosto, minha mente, minhas articulações, enfim todo o meu corpo de aprendiz sendo novamente revertido na posição de mero suplicante, ansioso por uma ponta de esclarecimento e lógica.
acabo o meu dia tendo meu carrinho descarrilhado da montanha. Restam nas mãos apenas um livro da Clarice e uma bexiga em forma de coração vazia.

17.2.10

ainda sobre as percepções de auto epifania.

"Eu juro que é melhor
não ser o normaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal
se eu posso pensar: que Deus sou eu?"


Continuando o ciclo de percepções, percebo que já não sou o mesmo de ontem. Percebo que minhas mudanças sempre serão repentinas e sempre pegarão os outros de surpresa. Percebo que sou um recipiente que libera emoções muito fortes quando aberto e que por isso prefere estar mais na posição de ouvinte. Percebo que sou forte, muito mais forte que "o cavalo novo com fogo nas patas correndo de encontro ao mar"...

12.2.10

Dia feliz passado com gente que mora no meu coração. de graça!
Aniversário de uma das minhas irmãs!

11.2.10

Eterno (re)começar.

Todos os dias, em cada minuto pensado, esquecido ou simplesmente desperdiçado. Começar, recomeçar e começar de novo, de novo e de novo até que o novo apareça e se torne velho, tendo novamente que ser recomeçar algum movimento para se ter a sensação de que o novo estará chegando.

10.2.10

sem saber notícias suas, eu acabo regredindo.
viro um menino indefeso, com olhos confusos, procurando segurança.