23.9.07

das noites e de todos os outros momentos.

... apesar de todos os percalços, as degradações, os soluços, o cinza e talz...
COMO É BOM ME SENTIR VIVO!!


Afinal de contas, doses de adrenalina são boas até mesmo quando as coisas programadas não dão certo. Enfim, é a vida candanga se arrastando no asfalto brasiliense.

22.9.07

faltam poucos desaniversários para o próximo aniversário

A passagem é bem sutil, quase imperceptível. A gente vai se transformando, ubedecendo uma naturalidade engraçada. Num dia estamos assim; no outro, meros reflexos do que fomos outrora. Somos e estamos em permanente metamorfose.
Sabe, estou meio assustado com a próxiam metamorfose que vou sofre Daqui a menos de duas semanas estarei completando minha vigésima volta em torno do Sol. Alguns anos antes eu estaria torcendo para isso acontecer: ganhar um bolo confeitado, uma festa repleta de familiares e de amigos do colégio. Completar mais um ano de vida implicava em administrar um espetáculo cujo papel principal era minunciosamente estudado para que nada de errado estragasse o evento.
Penso agora que a minha presença em palcos já se dava muito antes de ter começado um curso acadêmico para formação de atores ou mesmo antes de ter integrado o elenco atual do Teatro do Concreto: estava sim, atrás de mesas decoradas, sendo o principal ou um coadjuvante de um evento efêmero, com uma felicidade plástica no rosto.
(pausa)
O vento da tarde é ótimo. Ele me faz esquecer um pouco dos meus problemas. Ele espairece as minhas vistas e eu torno a ver o desenho das sutilezas. Escuto um passarinho candanto numa das árvores de perto do departamento...

12.9.07

Até aqui metade eu sei que vivi
Metade da minha sorte, metade da minha morte
Metade dos meus sorrisos, metade do que não presta
Pra conseguir mais um tanto, metade de todo pranto
Já escorreu por aí
Já inundou muito sertão, e metade da minha seca
Já rachou, e já partiu meu coração
Metade ainda não, falta metade de esperança
Metade de alegria, metade ainda criança
Metade eu nem diria, não interessa onde é o fim
Mas que a metade que falta seja inteira pra mim
[Daúde]

7.9.07

de uns tempos pra cá:

senti um rombo no peito
meu cachorrinho adoeceu e já está me casa, são e salvo
apresentei num festival
senti vontade de abandonar o grupo
senti vontade de chorar. (chorei)
mamãe operou a coluna
estamos os três irmãos cuidando da nossa casa
dormi sem tomar banho de ontem pra hoje.sono
guaraná em pó e protetor solar
teatros, platéias, cigarros e noites dançantes no Cine Brasília.
gritos
gritos
gritos
abafados
complexidade
atrasos
short branco, camiseta polo e as havaianas azuis que eu gosto, numa tarde seca.
rodoviária a noite
trêvos de quatro folhas no quintal e hibíscos na televisão
melancolia ailocnalem [?]
vento
vento e uma flor helicóptera ganhada de presente
uma frase: "Somos carbono de mais de 10 milhões de anos brincando num imenso jardim".
acho que eu tô triste. não, triste não. Tô cansado. dolorido por dentro.
as vezes eu rio pra me anestesiar. mas logo as coisas voltam.
fazer
fazer
fazer
a lei tríplice
escolhas. muitas escolhas.
um parto imensamente doloroso a cada dia.

*garoto de reticências é uma criação minha, com todos os achaques inerentes de um personagem. ele viaja sempre que eu não preciso dele. e sempre volta, trazendo mais.