31.10.09

para mais uma sutil auto epifania.

Minha vida: um livro com algumas páginas escritas, outras rascunhadas e outras simplesmente em branco, esperando para serem tingidas com o desenhar de alguma letra ou simplesmente com um borrão, ou vários borrões, ou... ou isso mesmo (algumas reticências marcando a descontinuação de processos ou então o espaço que existe entre a inação e o estalo para que algo aconteça. uma preparação, sim, pode ser a preparação de alguma coisa que está prestes a acontecer).
Minha vida também é um ensaio, onde jogo todas as coisas em que acredito e tento experimentá-las, em suas combinações. Tento aprender a todo momento, apreendendo ao máximo o que passa por mim. E a vida, como um ensaio, se traduz assim: um imenso tapete que se faz perder de vista e você a improvisar sem fim, a estabelecer jogos e diálogos ininterruptos; ou então a improvisar sozinho, isolado, correndo os dias a ensaiar somente para si a sua auto epifania.

Estou escrevendo e ensaiando minha vida.

30.10.09

Eu estou aqui, sentindo o corpo crepitar.
as vezes a chama pode parecer branda e inofensiva; noutras ela solta linguas de fogo capazes de incendiar o que estiver em seu alcance.
o que importa é que o fogo está aqui. e parece que daqui não vai sair.

estou bem

14.10.09

beijo roubado no ponto de ônibus

os astros dançam no meu céu.
e as emoções brincam no meu rosto.

uma confusão linda. mesmo.
porém ainda indefinida.

2.10.09

assim assim, 22 dia 05

gosto de cinza, de quem irá se reerguer a qualquer momento.
só é difícil quebrar a lógica, fazer surgir de um estrato tão abstrato uma consistência capaz de coexistir com as novas e futuras intempéries.
mas o gosto continua, e com ele os ciclos e ciclos que já vivi.
um mero fruto do tempo, com gosto de fim, mas que gera o recomeço.

continuo