21.6.06

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FADAS
[Luiz Melodia]

Devo de ir, fadas
Inseto voa em cego sem direção
Eu bem te vi, nada
Ou fada borboleta, ou fada canção
As ilusões fartas
A fada com varinha virei condão
Rabo de pipa, olho de vidro
Pra suportar uma costela de Adão
Um toque de sonhar sozinho
Te leva a qualquer direção
De flauta, remo ou moinho
De passo a passo passo...

Passos Arenosos


Ontem eu segurei firme as rédeas, pra não despejar essas coisas que estão sendo curtidas dentro de mim em cima de alguém.
INSTRUÇÕES: Pegue uma cabeça atordoada com o gráfico dos problemas cotidianos e adicione o cansaço e mais o atraso de uma hora e quinze minutos de uma colega da faculdade... Coloque no forno da dor de cabeça por mais uns três minutos e veja o que sai, enformada no molde da ironia.
Mas de repente eu me vi numa situação tão ridícula que uma explosão de ira não iria resolver nada daquilo tudo e sim estagnaria mais ainda a comunicação num mundo onde a gente aprende a cada sia ser mais monofrásico. Esfriei sim, respirei fundo e continuei.
Essa sensação só pode ser comparada ao correr numa imensa duna, pisando firme na areia mole, com medo de escorregar. Só que de repente tudo fica frio, fica normal e com o soprar de uma leve brisa olhamos para trás e vemos que o vento se encarregou de dar novo começo a nossa trajetória.

20.6.06

....acontece....

Acredito na força do acaso, que rege tudo o que podemos imaginar... Acredito que essa força sempre vem para equilibrar o que está decarrilhado do curso natural...
Hoje eu recebi um baque daqueles! Foi como se de repente alguém viesse e desse um tapa na minha cara, dizendo: “Ow, que merda é essa!”.
Estava me sentindo nesses últimos dias como um corpo que bailava absorto no ar, indiferente e repelente aos dramas a minha volta, mas hoje foi diferente, não teve como fugir, arrumar uma “saída à francesa” como é de costume. Assim: “É você. Só você pode me ouvir...” e pronto: todo o império se transfigura em grandes orelhas que filtram e se deixam infiltrar pelo outro ser que desfia duas lágrimas no meu ombro. Mas só que eu fui me dando conta que o meu drama poderia vir a ser somente luxo e que as vezes em que eu me encontrei em frente um buraco sempre acabei deixando que o tempo o fizesse desaparecer, em vez de ligar a seta e dar a volta em volta dele.
É vendo que sou assim, que eu vou descobrindo lentamente a cabeça de dentro do casulo de aço no qual eu me enrolei, eclodindo novamente no mundo, provando de uma verdade que eu vim confirmar hoje a tarde: que o riso move montanhas: as do medo, as da preguiça, as da inconstância e as do desespero.
Mais uma vez: Acredito na força do acaso, que rege tudo o que podemos imaginar...


Balança quase equilibrada: 26° de angulação.


Por hoje é só.

17.6.06

[into my soul]

Sometimes I feel
Like I don't have a partner
Sometimes I feel
Like my only friend
Is the city I live in
The city of angels
Lonely as I am
Together we cry
I drive on her streets
'Cause she's my companion
I walk through her hills
'Cause she knows who I am
She sees my good deeds
And she kisses me windy
I never worry
Now that is a lieI don't ever want to feel
Like I did that day
Take me to the place I love
Take me all the way
It's hard to believe
That there's nobody out there
It's hard to believe
That I'm all alone
At least I have her love
The city she loves me
Lonely as I am
Together we cry
I don't ever want to feel
Like I did that day
Take me to the place I love
Take me all that way
Under the bridge downtown
Is where I drew some blood
Under the bridge downtown
I could not get enough
Under the bridge downtown
Forgot about my love
Under the bridge downtown
I gave my life away

16.6.06

Eterno [re]volver

"O caramujo entra dentro de sua concha dno quer dormir e fica lá dentro, onde faz escremento e urina. Só quando acorda é que arrebenta o a seda de proteção e eclode novamente na superfície lançando todos os dejetos para fora."


As vezes a gente sente a necessidade de se encaramujar do mundo cotidiano... Senti isso semana passada, coincidentemente logo após abrir esse blogg (rsrsrsrs). Fases de um signo de libra que ninguém consegue controlar... inconstantes, a gente tem fases de reavaliação, de estranhamento com o nosso círculo de amizades, de estranhamento de nós mesmos, mas logo voltamos ao nosso habitual...
"A balança sempre acha um jeito de se hozizontalizar novamente"

Bem, só queria dizer que isso tudo me fez parar de escrever aqui, e que a pós inauguração ficou adiada pra hoje...

9.6.06

Nossa Senhora dos Desgraçados, nos tire a luz, nos tire tudo, mas não nos deixe ficar longe do Maldito!

Concreto!!!!!!!!





Aprender a ser grande...
seja rápido ou devagar, certas coisas sempre ficam como tatuagens...

[sem título mesmo]

Passando por momentos de desconstrução e reconstrução de mim mesmo...
E nessas horas, onde eu me vejo dentro de um liquidificador gigante o qual esse mundo se tornou pra mim nesses últimos meses, ou pelo menos isso bateu na minha consciência (hauahaau) eu senti a vontade, o capricho talvez de fazer algo destinado para eu cuspir minhas palavras de algodão e meus pensamentos e risos internos que tanto parecem incomodar os outros... Poxa vida, será que sou tão "bicho-de-sete-cabeças" assim??????
Bem, mas enquanto meus pensamentos não incomodam um ser aquariano chamado Carol Voigt, resolvi então acatar a antiga sugestão dela de montar um blogg...
Nem sei se vão ler ou não, se vão comentar ou não... Tudo não passa de um luxo de uma alma de ar, deslumbrada com a descoberta da possibilidade de sair voando pela janela do ônibus, sem que ninguém consiga impedir...

por enquanto é só.