31.10.06

Pensamentos são como navalhas miradas em carne tenra.

29.10.06

Alguém aí tá preparado pra rir à toa, pra viajar em detalhes, pra dar valor ao que passa escondido?
E eu ainda me culpando pelo riso inocente que dilacerou uma mente inquieta nesta última madrugada.

28.10.06

a insustentável dureza, ops... [LEVE]za de ser?


O peso das convivências, dos compromissos, das obrigações e de tudo mais me parece sutil, como de plumas leves e alvas voando espalhadas pelo ar. Mas a sutileza é acontecida somente quando essas coisas vêm solitárias. Hoje eu estou nadando em meio a plumas de chumbo. Talvez seja somente o peso dos dias de preguiça se acentuando mais uma vez, em mais um 1/2 de semestre em mim. Ou talvez seja a hora de dar valor e sentido as coisas que andam passando pela minha cabeça.


Não sei, sinceramente. Confesso que viver constantemente escanchado nesse "ou" tem sido um ótimo amortecedor para os acidentes de percurso, mas agora que estou em vias de decisão sérias, esse duplo caminho me parece feito de farpas e cascalho.
Quero mais anestesia para poder passar esse tempo
Quero mais guaraná em pó para poder conseguir terminar os trabalhos da faculdade
e quero um dia de sol, no parque da cidade, na companhia de amigos confidentes.


e só.

24.10.06

Mais uma página de uma mente que está à deriva. Emocionalmente, um turbilhão de novas sensações percorre minhas vísceras, introjetado goela abaixo como se fosse ração. Sinto-me como um filhote de papagaio, nascido em cativeiro, sendo alimentado por um biólogo. Verdade. uma multimistura de sentimentos e sensações começou a ser digerida desde o dia em que botei o pé dentro de casa e até agora não acabou. tudo antes era feito de nuvem.

E agora estamos assim.

23.10.06

And so it is...


Enquanto isso, aqui em Brasília.... Aconteceu a prova de habilidades específicas dos departamentos de Artes Cênicas, Artes Plásticas e Música.



[de sábado pra domingo. Viagem a Goiânia. Emoções à flor da pele. Ebulição constante.]

Contemplem: Você programa uma coisa. Programa coisas para se fazer. Alimenta espectativas e desenha uma trajetória de ações para isso. E de repente... nada acontece do jeito imaginado. Acontece o oposto. E esse lado contrário se mostra bom e definitivamente melhor do que o pressuposto.

Ou seja, novamente aprendendo a confiar no acaso das coisas e retomando a energia que a Grazi detectou em mim, quando estávamos voltando para casa.

19.10.06

a época das sutilezas

"Moça, por favor, pode me dizer quanto custa o sonho?"
"O sonho, 0,40... Vai querer um, meu querido?"
"Er...."
"Você gosta de sonho de creme? Leva um... você vai ver que é bom. Eu garanto."

Não teve outro jeito. Comprei.

Coisa estranha acontecendo num numa Brasília onde as pessoas são perpétuamente estranhas. Mas pensando bem, isso não acontece só aqui não. e garanto que se uma balconista tivesse uma atitude semelhante dessas em qualquer outro lugar, com qualquer outra pessoa, o receptor da atitude dela ficaria estar embasbacado, como eu fiquei.

Estamos em épocas de sutilezas, onde não só as coisas boas, mas também as ruins chegam até nós de forma adoçada... Quando conseguimos notar, já estamos atolados.

17.10.06

sim, é assim mesmo


Imerso na avalanche de trabalhos da facul, surgida de forma repentina (ou não!), aqui vou eu, girando a magnífica roda.
.........................................................
Talvez eu deva dizer agora que as coisas vão de forma normal. Mas esse normal não comporta nada de interessante. É um longo caminho retílineo por onde eu vou passando devagar, como se alguém tivesse acionado a camêra lenta da cena sem nem ao menos ter pedido a minha opinião sobre.

e tudo vai ficando revestido de branco. O branco da limpeza, da neutralidade. O branco do vazio.

13.10.06


Você é pingo de luar, minha bolinha de sabão. Pedrinha branca do ribeirão de minha vida, quando você sorriu pra mim. Pingo de gente é esperança, você criança... é meu amor.

11.10.06

afagos numa mente delirante

hj, qndo eu estava voltando da academia um cachorro preto, que parecia um lobo, rosnou pra mim...
rosnou tão forte que eu pensei que ia chegar me casa com crateras nas panturrilhas.
Me levando por esse doce ópio, me aconchegando por entre pedregulhos, meros acidentes de percurso...
Sem dor, sem sorriso bom, sem nada de mais.
ai, que fossa existencial do c*****
Plagiando a Luana: TÔ em CRIIIIIIIIISE!

10.10.06

pra cantar algo novo, que seja realmente novo e estonteante é preciso, é necessário ter uma alma liberta de tudo o que é idiota.

é necessário, é preciso ter um sorriso que derreta geleiras, mas que não se derreta ao menor toque de abstração.


é preciso, é necessário que saiba fluir sem ter...

canta para mim, qualquer coisa assim sobre vc...


Acho que eu não tô pronto pra isso.

8.10.06

.derivando por entre silêncios. falas em 3ª pessoa

Não se admire se um dia um beija-flor invadir a porta da sua casa...

Garoto:

por que insistes em manter silente o seu coração?
Tanta coisa gritando, o mundo todo rodando e você aí, preso nesse estaticismo solitário.
Não se admire se um dia você se tornar mudo de verdade, mudo das verdades.
Com uma fina seda, tecida como de casulo, você vai se envolvendo nesse colchão flutuante até perceber que está confortavelmente à beira do abismo.
Não se admire se um dia tudo desabar, como uma chuva de Outubro.
Não se admire.

5.10.06


Eu quero um bolo de sonhos, coberto de aventuras, salpicado de estrelas.

4.10.06

Metamorfo.


tchu ru ru ru ru ru tchu ruuuuuuuu...
Ontem eu tomei um banho de chuva daqueles! E não foi sem querer não: viramos uns para os outros e dissemos, convictos -- "VAMOS!?"-- E bailando longe da insensatez de tantos outros momentos, brincamos feito crianças num dia de chuva na quadra. Ah, lembrei tanto da minha infância nas quadras da Ceilândia, quando eu tomava banho de chuva e tinha o enorme prazer de entrar no meio das enchurradas e imaginar que eu estava com os pés dentro da correnteza dum rio.

Ontem também eu descobri que as flores helicópteras, para poderem ser helicópteras, precisam secar e talvez morrer... ou não (basta confiar na existência de um esporo, pronto para germinar qndo ela por fim apodrecer). Mas bem, não importa. Peguei um bocado delas e soquei na minha bolsa. [vontade de um jardim só com aquelas árvores!!!]

eu jamais serei...

Ah, e ontem também eu descobri que a minha vida não precisa ser sempre um livro cor de cinza. Tá certo que eu gosto muito dessa cor, mas é que eu me descobri, outro dia, um apaixonado pelo movimento. E ter movimento implica em sorrir; e sorrir, em ter algo engraçado pra contar; e ter algo engraçado pra contar, em ter alguém pra escutar; e ter alguém, em ter amigos; e ter amigos, em ser feliz; e ser feliz, em ter a liberdade de se fazer o que dar na telha, desde tomar banhos de chuva de sopetão até observar o cair espiralado de um esporo em forma de helicóptero.


As vezes bate a impressão de que estamos constantemente revivendo todos os dias de nossas vidas e acrescentando mais e mais.

Ia passar.... eu sabia que ia passar, sempre passa.

amanhã é dia.

1.10.06


está acabando...
Hoje acordei com uma vontade de correr como o vento, fluido e varrendo o ambiente (é tão bom poder ver o vento empurrando desde uma fabulosa flor helicóptera, passando pelas folhas das árvores, até os santinhos porcos da política!)
bem, falta bem pouco... Logo eu vou me acalmar e poderei estar pronto para receber as azeitonas.